Jornada do Crédito: entenda quais são suas etapas
Você ouviu falar em Jornada do Crédito? Vamos levar você nessa viagem para aprender cada uma de suas etapas.
Crédito é uma fonte extra de recursos, obtido de terceiros (bancos, financeiras, cooperativas de crédito, entre outros), que possibilita a aquisição de bens ou a contratação de serviços de maneira antecipada. Ou seja, permite que você complemente a sua renda para comprar algo que deseja (Fonte: O Economista).
A Jornada do Crédito acontece em diferentes mercados, desde o varejo até o financeiro. É um processo que permite gerar crédito, manter ou recuperá-lo de forma segura para a instituição.
A evolução do mercado de concessão de crédito passou por várias crises e reestruturações, desde o boom do crédito em 2009, a crise de captação em 2011, o aumento de eficiência de cobrança em 2015 até a enorme evolução digital e criação das Fintechs nos tempos atuais.
As principais etapas da Jornada do Crédito são:
Com a evolução do Open Banking e a chegada do Open Finance, o marketplace, como vitrine de produtos de crédito, possibilitará a escolha com informações de preço, taxas de juros e demais dados.
O crédito será mais rápido, assertivo, personalizado, rastreável, transparente nas contratações e fácil de comparar entre diferentes ofertas.
Todos os navegantes da Jornada do Crédito precisam estar preparados para desbravar essa nova aventura.
Entenda as etapas da Jornada do Crédito
As etapas - exceto a prospecção - com a evolução tecnológica e inteligência aplicada, ramificam da seguinte forma:
A seguir, mais detalhes sobre cada uma delas:
1. Prospecção e Concessão Motorizada
Para prospectar e conceder o crédito com segurança, é necessário analisar o perfil do futuro cliente, determinar seu score de crédito e os riscos da operação.
A prospecção é realizada com as ferramentas tecnológicas aplicadas como nos demais produtos. A inteligência artificial é necessária para conceder o crédito com efetivo controle entre risco e retorno, bem como combate a fraudes.
É possível acelerar o processo de concessão do crédito com a utilização de automações de busca de informações em banco de dados públicos via API, o que também diminui o risco. Para atingir os objetivos principais, que são o lucro e a satisfação dos clientes, é fundamental reduzir o custo e criar processos mais eficientes.
A busca dos dados para a concessão do crédito é extremamente rápida e assertiva, tanto para pessoas físicas como jurídicas. Informações, tais como: dados de identificação pessoal, dados da empresa; bem como pontos de atenção para a concessão, como: comportamentos, localidade fronteiriça para combate à lavagem de dinheiro; dentre inúmeros outros, todos de fontes públicas - são essenciais.
Logo, a concessão e a prospecção podem ser motorizadas, elevando a acurácia de concessão a bons clientes e score. automatização de tarefas.
2. Gestão Analítica
A prospecção e concessão são realizadas em algumas semanas. Por outro lado, a gestão e a cobrança percorrem vários anos.
Inevitavelmente, a gestão deve ser realizada para evitar a próxima etapa da jornada - a cobrança.
Inúmeras são as possibilidades para evitar a cobrança, como por exemplo, o envio de alertas e abordagem em casos de clientes bons pagadores que apenas esquecem a data do pagamento. Ou a promoção de conversas com abordagens focadas no principal motivo da mora.
Uma gestão feita com Big Data Analytics proporciona a reunião das informações em um único sistema de dados estruturados e atualizados por diversas fontes, possibilitando o cruzamento dessas informações.
A gestão analítica deve nortear como e quando realizar a cobrança. Ela é o motor entre a concessão e a cobrança e altera o mindset de “recuperação de crédito” para “gestão da bonança”. Quanto melhor for a acurácia da gestão analítica, mais fácil se atingirá o objetivo (lucro e satisfação do cliente).
3. Cobrança inteligente
Após exaurir as tentativas anteriores, a inadimplência existe, e se inicia uma nova etapa na jornada - desde a cobrança amigável, até o ajuizamento da ação.
Hoje essa jornada é longa, cansativa e onerosa.
Imagine essa jornada mais inteligente e eficaz, fazendo as coisas certas, com o mínimo esforço possível para a recuperação do crédito? Entrar com a medida judicial, sim ou não? Compensa? Qual o critério que sua empresa adota para essa decisão?
Com a aplicação do Big Data Analytics às melhores práticas do mercado, a base de recuperação do crédito pode ser totalmente higienizada e analisada para concluir-se o que, por ventura, entrará na lista de cobrança inteligente ou na lista de remédio judicial.
Na lista de cobrança inteligente, entrarão inadimplentes como aqueles que entrar com o remédio judicial não compensa. Essa análise pode ser feita sobre as dívidas que restam do bem a recuperar, como DETRAN, cruzamento de dados com cartórios, administradoras de condomínios, receita, prefeituras. Até protestar um boleto automaticamente pós o seu vencimento ou por opção no APP do seu banco.
4. Recuperação Indutiva
Na lógica, método indutivo ou indução é o raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral. A indução, ao contrário da dedução, parte de dados particulares da experiência sensível. De acordo com o indutivista, a ciência começa com a observação (Fonte: wikipedia).
Se a jornada chegar até aqui, não há mais saída e pela lógica, a lista de inadimplência deve seguir para o judiciário.
Para a comprovação do mora e ajuizamento da ação é imprescindível produzir documentos, tais como notificação, e-mail, protesto, dentre outros meios coercitivos e comprobatórios para a montagem do kit de ajuizamento. A tecnologia mais uma vez entra em ação para assertividade em processamento de informações e redução de custo para produção. Nessa etapa é importante monitorar os Correios e Cartórios, principalmente.
5. Ajuizamento e acompanhamento
A última etapa é o ajuizamento da ação. Após produção de material comprobatório (kit de ajuizamento), a jornada precisa caminhar para o judiciário. Para tanto, se faz necessário:
- analisar o kit de ajuizamento;
- elaborar a petição inicial;
- elaborar as guias necessárias e recolhê-las;
- realizar a distribuição eletrônica do processo;
- realizar o cadastro nos sistemas do autor e/ou prestador de serviços jurídicos e posteriormente acompanhar as publicações;
- realizar protocolos eletrônicos, audiências e diligências.
Possuir um fornecedor que faça todos esses serviços melhora a performance do pré-jurídico e o acompanhamento dos andamentos processuais da sua empresa. Possibilita a redução de custos operacionais, aumento da agilidade e segurança das informações.
Operações Legais (Legal Ops) na Jornada do Crédito
Operações Legais são um conjunto de ferramentas administrativas, gerenciais, tecnológicas e operacionais, com propósito de tornar o exercício da advocacia mais ágil e efetivo, conectando o Direito a diversas áreas tecnológicas e acadêmicas.
Considerando a relevância para a atividade jurídica e seus respectivos requisitos de gestão na jornada de crédito, uma atuação de OPS focada nos resultados operacionais e financeiros das carteiras agrega muito valor ao processo, especialmente, quando apoiada por data driven.
É possivel um foguete ser ainda mais rápido e eficiênte?
Sabemos que a resposta é sim. A cada dia que passa, a tecnologia avança assustadoramente e os dados são mais bem estruturados.
Baseadas nos quatro pilares da transformação digital, novas aventuras são possíveis mediante criação de modelos disruptivos de negócios, aumentando o crescimento de oportunidades, inovando processos e estabelecendo novos produtos e serviços para o ecossistema.
A recompensa são as novas receitas.
Assim também funciona na jornada do crédito. Utilizar uma única empresa de forma estratégica para realizar toda a análise de concessão e recuperação do crédito, com decisões baseadas em critérios calculados, é embarcar num foguete mais rápido e eficiente.
Lembre-se: o mais importante da viagem é possibilitar que o foguete seja acessível a qualquer ser humano comum que queira ir até o espaço.
Sobre o autor
Andre Alves de Lima Bueno, Product Owner do Cartório Digital e Pré-Jurídico da Finch, além de advogado, é formado em MBA-Gestão de Negócios. Antes de se juntar ao time da Finch atuou em projetos importantes nos escritórios JBM e Mandaliti como coordenador jurídico e administrativo desde 2011.