Data driven: entenda por que não há mais espaço para achismos no mundo corporativo

Data driven é, basicamente, um termo utilizado para designar pessoas ou empresas que tomam ações orientadas por dados. No mundo corporativo, é necessário colocar os dados no centro do planejamento estratégico e da tomada de decisões. Em outras palavras, é trocar a intuição pelo embasamento.

Confira abaixo como o data driven impacta no mundo corporativo!

O que é data driven? 

Data driven, em tradução simples, é “orientado a dados”. O conceito tem origem na ciência de dados, que utiliza métodos científicos, algoritmos e processos para extrair conhecimento de dados estruturados e não estruturados.

Por meio da análise computacional de grandes volumes de dados, e de tecnologias como inteligência artificial e machine learning, o data driven consegue solucionar problemas e obter insights.

No mundo corporativo, ter processos embasados na coleta e na análise de informações é essencial para tomar decisões de forma mais assertiva. Empresas data driven planejam, executam e gerenciam negócios com base em dados reais.

E essa inteligência corporativa se transforma em sucesso. De acordo com o relatório da Forrester "Insights-Driven Businesses Set The Pace For Global Growth", de 2018, as empresas data-driven crescem mais de 30% anualmente. Ou seja, se uma empresa tem uma média de crescimento de 8% ao ano, com a gestão data driven, esse número pode subir para 30% ou mais. E esse não é o único benefício dessa abordagem no mundo corporativo.

Quais os benefícios do data driven para o mundo corporativo?

A tomada de decisões estratégicas com base em dados é aliada do desenvolvimento de um negócio. Afinal, diminui a chance de erros e prejuízos de toda a natureza.

Com o uso de soluções data driven, como softwares, métodos e ferramentas que viabilizam a coleta, o armazenamento, o processamento e a interpretação dos dados brutos, os profissionais transformam esses dados em informações valiosas. Ou seja, os achismos dão espaço para o embasamento.

Como resultado, podemos apontar maior lucratividade e produtividade. Foi o que concluiu o estudo Strength in Numbers: How Does Data-Driven Decision-making Affect Firm Performance?, conduzido pela Universidade da Pensilvânia e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Após analisar as práticas de negócios e os investimentos em tecnologia da informação de mais de 150 empresas de capital aberto, os pesquisadores concluíram que as empresas com cultura data driven tiveram ganhos em produtividade e lucratividade e aumento no valor de mercado delas. Isso em 2011.

Além disso, as empresas com data driven aplicado também apresentam:

• maior capacidade de planejamento do futuro e de estratégias certeiras;
• desenvolvimento de serviços e produtos mais qualificados;
• maior adaptabilidade e reações rápidas às mudanças;
• maior eficiência e agilidade na tomada de decisão;
• redução de custos ao compartilhar informação;
• fomento à inovação.

Cases de empresas beneficiadas pelo data driven

Você certamente conhece empresas beneficiadas pelo data driven. Pode, apenas, não saber que elas usam esse tipo de abordagem para obter melhorias nos resultados.

É o caso da Netflix, que utiliza dados reais e fornecidos pelo usuário para avaliar seu perfil e selecionar títulos que se adequam mais aos padrões de preferência. A empresa também utiliza a análise de dados para criar personagens e roteiros, como no caso da série Stranger Things.

O Itaú também utiliza o data driven para que seus talentos desenvolvam soluções inovadoras para resolver problemas sociais relevantes ao utilizar dados reais de clientes. Além de melhorar os processos internos, melhoram a comunicação com o cliente e a oferta do programa de fidelidade dos cartões de crédito.

Cases do mundo jurídico

Na Finch, temos 3 cases interessantes que tratam da aplicação do data driven em negócios jurídicos. O foco, nestes casos, é o uso de jurimetria analítica e estratégica.

O primeiro caso definiu uma estratégia para negociação de acordos de processos ainda não liquidados. Com o uso de uma plataforma de Inteligência Artificial, identificamos tendências de valor após analisar 120 casos. Assim, definimos um valor médio de condenação, geral e por Vara, e do valor de acordo para cada fase do processo. Com isso, o cliente traçou estratégias para cada caso, com provisionamento adequado.

Em outro caso, levantamos todas as ações trabalhistas movidas no Brasil por motoristas de aplicativos com pedidos de vínculo empregatício com os principais players desse mercado.

Após capturar ações em todos os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e analisar seus dados, identificamos um posicionamento favorável aos players em todas as instâncias, incluindo os posicionamentos individuais dos juízes. A partir disso, o cliente adotou estratégias preventivas para afastar a caracterização do vínculo empregatício.

Por fim, no 3º caso, otimizamos o modelo de provisionamento de uma empresa do segmento de tecnologia. Analisamos 16 mil processos nas esferas Cível e Consumidor para compreender as teses defendidas e o posicionamento do judiciário. Após a análise, conseguimos reduzir em 20% o provisionamento (R$ 70 milhões provisionados, redução de R$ 14 milhões).

Uma gestão data driven pode fazer uma empresa ganhar em produtividade e eficiência. Tomar decisões baseadas em dados, não em achismos, é uma forma mais segura de gestão e de planejamento. Inclusive para os negócios jurídicos.

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