Planejamento estratégico jurídico: entenda sua importância e como fazer

Para obter bons resultados, é necessário ter um plano eficiente. Entre os pontos essenciais, o planejamento estratégico jurídico se destaca.

Os escritórios e departamentos jurídicos nunca estiveram tão focados em resultados como atualmente. O trabalho dos advogados vai além da consultoria ou defesa de interesses em juízo, garantindo influência na lucratividade das organizações.

Reunimos as melhores dicas para a criação de um plano consistente e eficaz. Continue a leitura e conheça as boas práticas!

 

A importância do planejamento estratégico jurídico

 

Os escritórios e departamentos jurídicos influenciam nos resultados de negócios. No primeiro caso, a própria atividade dos advogados é o empreendimento principal. No segundo, sempre existirá uma organização que depende de serviços jurídicos, podendo ser de setores como:

• indústria;
• comércio;
• transporte;
• tecnologia;
• entretenimento.

Os setores responsáveis precisam garantir que o impacto dos processos na lucratividade dos negócios seja positivo, ditando as estratégias empresariais conforme a legislação.

 

O que faz parte do planejamento estratégico jurídico?

 

O planejamento estratégico jurídico pode relacionar os seguintes serviços:

• contratos;
• relações societárias;
• tributação;
• relações de consumo;
• relações trabalhistas;
• propriedade intelectual;
• sucessão empresarial.

Com as análises corretas, é possível identificar oportunidades e riscos que possam favorecer ou prejudicar as estratégias empresariais, respectivamente. O planejamento, pela perspectiva do resultado operacional, contribui com informações ao setor jurídico, minimizando o gasto e maximizando o valor entregue.

Em caso de escritórios, na visão do empreendimento, é possível citar exemplos práticos aplicáveis, como:

• divisão entre sócios e advogados associados;
• enquadramento ou não como sociedade de advogados;
• gestão de contratos;
• estratégia de tributos, como imposto de renda e ISS.

Além disso, é comum focar os esforços na obtenção de receitas, especialmente via honorários.

Nos departamentos, é necessário avaliar as economias geradas a partir do êxito em processos e acordos fechados, visando a eficiência da gestão.

 

As boas práticas ao realizar o planejamento estratégico jurídico

 

Para uma boa execução do planejamento estratégico, é preciso colocar em prática alguns passos fundamentais. Confira!

 

Mapeie os processos do setor

 

O primeiro passo é mapear os processos de gestão, como:

• contratos;
• defesa em processos judiciais;
• planejamento tributário;
• negociação de acordos.

É importante avaliar os processos internos como serviços, indicando quais são as entregas e quem são os seus destinatários. Com o processo de contabilizar os resultados do setor, a entrega se destina à administração da empresa.

 

Defina os objetivos centrais de negócio

 

O planejamento jurídico precisa estar alinhado ao negócio. Em departamentos, é natural que as organizações tenham intenções definidas para criação de metas. Nos escritórios, é necessário ter objetivos para o negócio e para a atividade jurídica.

Uma boa ferramenta que atende às demandas é o Objective and Key Results - OKRs, possibilitando a direção das atividades a partir de aspirações (objetivos) e de situações reveladoras (resultados-chave).

 

Descreva o contexto do empreendimento

 

Outra ferramenta essencial para o planejamento estratégico é a análise SWOT:

• strenghts (forças);
• weaknesses (fraquezas);
• opportunities (oportunidades);
• threats (ameaças).

A proposta do recurso é comparar o ambiente interno (forças e fraquezas), em que a empresa tem poder de realizar mudanças, com o ambiente externo (oportunidades e ameaças), que não está sob o seu controle.

É possível planejar alterações internamente para aproveitar oportunidades e lidar com ameaças, construindo o melhor cenário para o setor em conjunto ou para serviços específicos.

 

Estabeleça KPIs de acompanhamento

 

As três dicas anteriores desenham um documento em que encontramos objetivos a serem conquistados. A seguir, saiba como medir resultados para avaliar o desempenho do planejamento.

Em cada serviço, os Key Performance Indicators (indicadores-chave de performance) esclarecem o cenário. Por exemplo, o churn rate (perda de clientes) é uma ótima métrica para os escritórios, assim como o volume de processos é perfeito para o departamento jurídico.

 

Promova a melhoria contínua da qualidade dos processos

 

Os indicadores determinam uma qualidade esperada dos serviços. As atividades realizadas para atender às métricas não são estáticas, mas devem melhorar continuamente.

Uma ferramenta para a otimização é o ciclo PDCA:

• planejar (plan): criar o documento com etapas, objetivos e KPIs;
• executar (do): colocar o plano em operação;
• checar (check): mensurar os resultados;
• agir (act): aprender com a execução, ajustando os erros e padronizando os acertos.

O último passo está conectado ao primeiro: os ajustes modificam o plano. Assim, o ciclo é analisado continuamente, buscando melhorias.

 

Conte com a ajuda da tecnologia

 

A tecnologia é peça fundamental para o planejamento estratégico. Os processos podem ser gerenciados em um sistema jurídico com diversos benefícios, como:

• visibilidade e sistematização das atividades;
• automação de tarefas;
• relatórios automatizados;
• indicadores de desempenho;
• controle dos fluxos de trabalho.

Com a tecnologia, a gestão dos dados e serviços do setor são centralizados. Assim, será fácil colocar o plano em funcionamento, acompanhando os resultados.

Vale a pena colocar as dicas apresentadas em prática, maximizando os resultados com auxílio de soluções de tecnologia. O planejamento estratégico jurídico é um passo importante para que escritórios e departamentos alcancem novos patamares e garantam benefícios, como redução de custos e mais lucratividade.

 

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