Tendências da área jurídica em 2023: confira o que está por vir!


A tecnologia evoluiu continuamente ao longo dos anos, criando oportunidades em diferentes áreas, como no Direito. Para quem deseja manter o setor modernizado e garantir a competitividade, é preciso se atentar às tendências da área jurídica para 2023.

As inovações resolvem problemas do setor e abrem novos caminhos. Em ambos os casos, os escritórios e departamentos jurídicos podem usar tecnologia para melhorar os resultados para pessoas e organizações.

Acompanhe o conteúdo e descubra as 8 principais tendências da área jurídica para 2023. Confira!

 

1. Legal Design

 

Os profissionais do Direito lidam com cargas elevadas de trabalho. Frequentemente, o tempo disponível é escasso e a demanda de tarefas por dia é alta.

Portanto, a elaboração dos documentos precisa considerar as condições em que serão lidos. Facilitar a compreensão e tornar o processo de leitura ágil são prioridades, uma vez que estamos quase sempre ocupados atualmente.

O Legal Design é uma nova forma de pensar o Direito, como uma mudança de mindset, e entre suas funcionalidades, está a disciplina que direciona a criação de documentos jurídicos, como petições e contratos, em versão otimizada visual e funcionalmente. Mais que seguir formalidades, a leitura precisa ser rápida e precisa.

A mudança pode ser baseada em usar elementos visuais (visual law) nas petições, como:

  • tabelas;
  • gráficos;
  • ícones;
  • elementos destacados.

 

2. Metaverso e NFT

 

Com novas maneiras de fazer negócios e construir relacionamentos digitais, o Direito regula situações, movimentando o mercado jurídico. As inovações como Metaverso e NFT terão espaço nas tendências da área para 2023.

As NFTs são uma possibilidade derivada dos sistemas de autenticação e validação das criptomoedas, a blockchain. O termo se refere aos símbolos digitais infungíveis.

Em resumo, a NFT é um registro de um bem físico ou digital, individualizando a coisa referida e criando um produto que não pode ser substituído por outro. É considerado um mecanismo utilizado para negociar riquezas não materiais, como direitos sobre:

  • imagens;
  • músicas;
  • vídeos.

Além disso, pode ser estendida, com o tempo, para outras áreas, como registros de imóveis e veículos.

Já o Metaverso é um mundo digital imersivo em que, frequentemente, é necessário usar óculos de realidade aumentada para dar a sensação de estar em outro ambiente. Assim, as pessoas convivem e fazem negócios virtualmente, o que poderá dar origem a novas formas de relações jurídicas em algum momento.

A conexão entre os dois temas é a NFT permitir que os elementos do Metaverso tenham um valor econômico. Será possível identificar que o item X é único e pertence ao dono da carteira digital “Y”.

 

3. Compliance

 

Atualmente, as empresas se atentam ao compliance. A conformidade com normas legais e éticas traz consequências para o negócio, como:

  • custos;
  • oportunidades;
  • reputação de marca.

É uma tendência que projeta a área jurídica como central no desenvolvimento de estratégias de negócios. Independentemente do caminho escolhido para atingir os objetivos, é preciso garantir que nenhuma lei será violada.

Com isso, os profissionais do Direito assumem uma posição consultiva. O papel não é apenas defender a empresa quando a organização recebe uma citação para processo ou notificação extrajudicial, mas orientar como o negócio pode se desenvolver nos termos legais e éticos.

 

4. Cibersegurança

 

A LGPD criou um sinal de alerta sobre a importância da segurança digital nas empresas. A legislação amadureceu em termos de clareza sobre interpretação, criando a necessidade de times jurídicos orientarem sobre os riscos legais da violação de dados.

Os próprios departamentos e escritórios devem adaptar seus processos de gestão e boas práticas de segurança. O setor está em contato constante com dados pessoais por participação nos processos, tornando evidente a importância de se adequar às tendências de proteção.

 

5. ESG

 

A sigla ESG significa ambiental (environmental), social (social) e governança (governance). Assim como o compliance, o tema afeta a imagem e as oportunidades das empresas. A participação dos profissionais jurídicos é ampla, uma vez que, nas três áreas, há espaço para atuação consultiva do setor.

Em environmental, o Direito Ambiental regulamenta boa parte dos tópicos. Além disso, há iniciativas que podem demandar permissões e autorizações do poder público, trazendo atividade aos advogados.

No campo social, o próprio cumprimento de leis, como normas trabalhistas e consumeristas, têm impacto positivo na sociedade. Além disso, os recursos legais podem ser necessários para estruturar:

  • projetos sociais;
  • doações;
  • patrocínios;
  • atividades com impacto na comunidade.

A governança está conectada ao compliance. Aqui, além de orientar sobre a legislação, o setor jurídico pode ser importante na estruturação de processos internos, como canais de denúncia e procedimentos de investigação, para coibir práticas ilegais na empresa.

 

6. Automação

 

Lidar com a quantidade de informação produzida pelo meio jurídico é um dos principais desafios do setor. Os avanços foram significativos com a digitalização de processos judiciais e administrativos, assim como de outras atividades do departamento.

A tendência é que, além de atividades virtuais, a automação se intensifique. Os escritórios podem adotar softwares jurídicos para eliminar inúmeras tarefas burocráticas, como:

  • coleta de dados das partes;
  • marcações em agenda;
  • alertas;
  • captura de movimentações;
  • recorte digital.

A novidade é que a automação está caminhando para o setor público, como citações e intimações geradas por software. Outro aspecto essencial que devemos citar são as mudanças administrativas, como o INSS que já realiza análises automatizadas de benefícios, assim como a emissão de certidões e documentos pela Receita Federal.

A tendência é automatizar processos em todo o ecossistema do Direito.

 

7. Data Driven

 

Não podemos nos esquecer dos avanços na área de dados que estão modificando a tomada de decisões. Entre elas, destacamos as jurimetrias analítica e estratégica.

A jurimetria analítica descreve cenários, apresentando os KPI 's do setor jurídico a partir de dados estruturados, como nomes das partes, assuntos processuais e tribunais.

Já a jurimetria estratégica faz projeções com base em probabilidades, permitindo antecipar dados, como:

  • chances de êxito;
  • momentos de acordo;
  • possível impacto financeiro.

Ambas as áreas ampliam a competitividade dos escritórios e departamentos. Na prática, aqueles com a tecnologia como aliada disparam na frente, tomando decisões com base em dados e evidências.

Quem não adota os avanços tecnológicos não conta com recursos que definiriam estratégias processuais com eficiência.

 

8. Mudanças frequentes nas tendências da área jurídica

 

Como a tecnologia evolui rapidamente, as tendências da área jurídica não permanecem estáticas em 2023. Novas soluções ou aplicações das ferramentas existentes podem surgir a qualquer momento.

Mudanças tecnológicas em outras áreas dão origem a novos negócios e relações sociais, criando oportunidades para regulamentação e intermediação de profissionais.

A tecnologia e o Direito nunca estiveram tão próximos. Quem atua no segmento precisa estar aberto à inovação, acompanhando as tendências da área jurídica para aplicar soluções eficazes no departamento.

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