Inovação jurídica: conheça 5 tecnologias da área para ficar de olho!


A transformação digital é uma realidade em diversos setores da sociedade, e os avanços tecnológicos são mais que perceptíveis. No segmento jurídico não é diferente, pois a inovação jurídica já faz parte do cotidiano de escritórios e departamentos.

Cada vez mais, os profissionais jurídicos utilizam a tecnologia em suas atividades. Em um primeiro momento, o objetivo era reduzir a burocracia e tarefas repetitivas. Porém, já encontramos verdadeiras soluções de inteligência voltadas para o segmento.

Neste conteúdo, apresentamos 5 soluções de inovação tecnológica jurídica. Conheça as melhores ferramentas para dar apoio aos advogados e sair na frente dos concorrentes!

 

1. Inteligência Artificial (IA) aplicada ao Direito

 

O segmento jurídico produz grandes volumes de dados. São incontáveis petições, documentos, decisões judiciais e teses produzidas diariamente.

Por isso, os advogados podem ter sérias dificuldades ao realizar pesquisas manuais e analisar as informações. É natural, por exemplo, que a pesquisa aconteça por amostragem, avaliando-se apenas uma pequena parte dos conteúdos produzidos.

Nesse sentido, a inteligência artificial é uma inovação jurídica com excelentes aplicações. A partir dela, os raciocínios similares aos dos seres humanos são utilizados em grandes volumes de dados.

Além disso, a inteligência artificial consegue realizar tarefas complexas simultaneamente, como avaliar documentos, acompanhar processos, calcular estatísticas processuais, elaborar peças, entre outras. Por isso, tem grande relevância para o futuro da advocacia.

 

2. Jurimetria e decisões baseadas em dados

 

A jurimetria usa diferentes soluções (inteligência artificial, data mining e automação robótica de processos, por exemplo) para dar embasamento estatístico às decisões tomadas na advocacia. Sua utilização pode ocorrer tanto para melhorar a eficiência da gestão jurídica como para agir em demandas judiciais e extrajudiciais.

Após a coleta e interpretação de dados, a jurimetria exibe as informações de diferentes maneiras para que os profissionais entendam a situação. As análises de BI, os dashboards, que são painéis digitais, e os relatórios gerenciais são exemplos do que chamamos de jurimetria analítica.

Imagine que o advogado precise avaliar os riscos de uma demanda judicial. Por meio da jurimetria, um grupo de processos pertinentes à demanda poderia ser analisado, utilizando os bancos de dados públicos dos tribunais. Com informações mais completas como:

  •  Valor dos pedidos;
  • Julgamento dos pedidos em 1ª instância;
  • Apreciação dos pedidos em 2ª instância;
  • Subsídios envolvidos;
  • Argumentos vencedores, etc.

As estatísticas dimensionariam o possível prejuízo para empresa, indicando uma estimativa de provisionamento.

A jurimetria é dividida em estratégica e analítica. Na estratégica, usamos dados estruturados (organizados e recuperáveis) ou não estruturados para tomada de decisões de negócios. Já a analítica só trabalha com dados estruturados, fazendo aferições e medições somente do que já ocorreu, sem projetar tendências ou gerar insights.

Com essas ferramentas, o profissional consegue melhorar a tomada de decisão. Entender uma situação, projetar cenários futuros, perseguir as causas de um problema, validar hipóteses e realizar estimativas são alguns auxílios fornecidos por essa inovação tecnológica.

O advogado, portanto, passa a atuar em sintonia com as ferramentas, realizando planos e agindo de maneira mais estratégica. Afinal, a compreensão da realidade e as projeções estarão embasadas em estatísticas, contribuindo para resultados mais assertivos.
 

3. Agilidade e eficiência com a automatização jurídica

 

O Direito ainda é bastante associado à burocracia e lentidão. Uma inovação jurídica que vem mudando esse cenário é a automatização de tarefas.

Para isso, o foco da automatização são as tarefas repetíveis, que podem se multiplicar facilmente e bloquear o fluxo de trabalho. Cadastrar processos, recortar publicações no Diário Oficial, enviar notificações sobre eventos aos advogados e capturar novas ações são alguns exemplos.

Além disso, a automação jurídica consegue simplificar etapas dos processos de gestão. Geralmente, ao inserir um dado no software, todas as fases necessárias para compartilhar a informação internamente não dependem de trabalho manual.

Se, por exemplo, o advogado realiza um acordo em audiência, basta inserir essa atualização no software para que todos tenham ciência do que aconteceu. Esse trabalho de fundo, que seria manual sem a tecnologia, é automatizado, tornando os processos de gestão mais ágeis.

Outra vantagem da automatização é padronizar as atividades. A tecnologia consegue executar a mesma ação repetidas vezes com a mesma qualidade. Logo, minimiza erros e retrabalhos dos departamentos jurídicos e escritórios. Ademais, traz mais segurança sobre a captura dos prazos processuais e alerta aos advogados.

 

4. Legal Design como base para inovação jurídica

 

O Legal Design não é uma inovação tecnológica jurídica em si, mas um conceito que orienta a criação das novas tecnologias e a mentalidade dos profissionais. A prática consiste em utilizar elementos de design (cores, imagens, texturas, formatos, espaço, etc.) para melhorar a comunicação das informações jurídicas.

Na inovação jurídica, percebemos a influência do Legal Design quando as soluções privilegiam a gestão à vista. Isto é, as informações são transmitidas em gráficos, dashboards, quadros, desenhos e outros elementos visuais, que facilitam o entendimento imediato das informações.

Nos requerimentos judiciais, os advogados já não recorrem apenas ao texto como forma de persuadir o magistrado. O Visual Law, um dos desdobramentos do Legal Design, torna-se uma tendência com elementos visuais dando apoio à argumentação.

Outro ponto é a funcionalidade dos documentos jurídicos. Como os juízes têm pouco tempo para analisar cada caso, a quantidade e a maneira como os profissionais transmitem as informações se tornam uma decisão estratégica. Assim, as decisões de design ganham peso frequentemente, não bastando apenas ter uma boa tese.

 

5. A gestão estratégica com software jurídico

 

O software jurídico é a plataforma que permite o controle virtual de processos judiciais e gerenciais. Isto é, as diversas atividades realizadas pelos profissionais, que eram documentadas em papel ou planilhas, passam a ser geridas digitalmente em um único local.

Um dos papéis mais importantes do software jurídico, portanto, é a centralização. Todas as ferramentas e informações ficam em uma plataforma, em que os profissionais acessam os recursos para realizar seus trabalhos, conforme as regras de acesso definidas pela empresa.

Com as informações nos softwares, também conseguimos deixar a gestão mais estratégica. É possível planejar as atividades, acompanhar o andamento, mensurar os resultados, entre outras ações.

Outro benefício é a velocidade e integração nos processos de comunicação interna. Além da automação de alerta e notificações, o software é um ambiente virtual em que as pessoas conseguem rapidamente acessar os processos, dados sobre clientes, modelos de petição, agendas e demais informações que serão utilizadas no trabalho.

Para fechar, com processos digitais, o gestor tem dados coletados sobre a operação e pode acompanhar os resultados por meio de KPIs jurídicos. Portanto, consegue identificar problemas e realizar melhorias nos processos, otimizando as atividades do setor.

Ao analisar as diversas soluções de inovação jurídica, podemos concluir que elas lidam com os principais desafios da gestão jurídica e dão apoio aos advogados. Ter agilidade, reduzir tarefas burocráticas, contar com dados para tomar decisões e demais benefícios são diferenciais importantes para departamentos e escritórios de advocacia.

É fundamental estar atento às novas soluções tecnológicas do mercado. Atualizar-se e adquirir novas ferramentas influencia a competitividade da empresa e permite que a organização esteja sempre um passo à frente dos concorrentes. Por isso, as organizações devem buscar soluções de inovação jurídica e realizar a transformação digital da área.

Se tiver dúvidas sobre como funciona esse processo, complemente a leitura com o conteúdo “Como a transformação digital está impactando o mundo jurídico” e entenda os benefícios da inovação em departamentos e escritórios jurídicos!